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domingo, 30 de outubro de 2011

Pastoreando Crianças


“Daqui a 100 anos não importará o tipo de carro dirigi ,o tipo de casa que morei, quanto tinha depositado no banco”,


nem que roupa vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque fui importante na vida de uma criança”

(Autor desconhecido)



Entendemos que as bases para um ministério com crianças segundo o coração de Deus devem estar em: Evangelismo e Pastoreio. Ou seja, alcançar vidas para Jesus desde a infância, não deixando satanás chegar primeiro. Resgatá-las da morte eterna, e apascentar os cordeiros de Jesus que fazem parte do seu corpo, a Igreja de Cristo. É o rebanho de Deus que precisa ser: amado, reconhecido, alimentado e guiado.

Para pastorear uma criança,é necessário primeiramente ganhá-la para Cristo,assim como está escrito em Marcos 16.15 “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a todos“.

Devemos estar atentos quanto á salvação das crianças, pois não é vontade do nosso Pai que estás no Céu que nenhum deste pequenino se perca (Mateus 18.14), após fazer com que a criança caminha em direção á Cristo, precisamos dá a ela o leite genuíno, que é a palavra de Deus e Apascenta-la.



As crianças precisam de alguém que seja muito mais que um transmissor de conteúdos bíblicos todos os domingos. Muito mais que professores. Precisam de pessoas que tenham um coração pastoral. Deus está convocando professores chamados e ungidos por Ele capacitados e treinados pela Igreja para ministrar na vida das crianças.



Apascentar significa: Doutrinar, ensinar, guiar, pastorear, recrear, deleitar, entreter, nutrir, alimentar, sustentar.Jesus nos mandou que fizéssemos tudo isso com os seus cordeirinhos (João 21.15)

Lidar com crianças é um privilégio muito grande,pois as crianças são humildes e sinceras e é por isso que Cristo manda que sejamos como as crianças para herdar o reino de Deus (Mateus 18.2,3 e4), sendo assim são fáceis de conduzi-las á Cristo.



O que é Pastorear?



Pastoreio significa guardar, guiar. Logo, um pastor deve guiar seu rebanho para lugares seguros,dar-lhe alimento,abrigo e proteção dos males que podem lhe causar.

Muitos professores estão confundindo pastorear em dá aulas.Pensam que pelo fato de estarem com as crianças na classe e nos cultos está bom...

O fato real é que muitos não sabem ao menos o que é pastorar uma criança ou como fazê-lo.

Você já se perguntou porque somos comparados ás ovelhas?As ovelhas são animais dóceis e frágeis que necessitam de cuidados especiais.São animais eu podem se perder facilmente, e assim se ferirem ( Is 53.7/Jr 11.19/Mq 5.8/ Mt 10.16/ Nm 27.17/Mt 9.36



Leiamos alguns versículos do Salmo 23 e assim poderemos entender o que é ser um bom pastor, pois Jesus é nosso Bom Pastor, e a bíblia diz que devemos buscar ser imitadores de Cristo.

Você tem buscado ser um Bom Pastor como Cristo é nosso Pastor?Preste muita atenção:



O Senhor é meu pastor: O bom pastor é imitador de Cristo

Nada me faltará: Isso é preocupação; o bom pastor quer o melhora para sua ovelha.

Deitar me faz em verdes pastos: Isso é segurança;o bom pastor quer ver sua ovelha segura,longe do perigo.

Guia-me mansamente a águas tranqüilas: Isso é cuidado; o bom pastor preocupa-se em dar boa alimentação ás suas ovelhas, dá boa água, ou seja sacia a sede da ovelha.

Refrigera minha alma: O bom pastor tenta aliviar a angústia e a tristeza da alma, através de oração e apascento.

Guia-me pelas veredas da justiça: O bom pastor tem cuidado de guiar suas ovelhas em bons caminhos, no caminho certo.

Por amor de seu nome: O bom pastor faz tudo por amor a Deus, nunca espera algo em troca.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte: O verdadeiro pastor está em todos os momentos com suas ovelhas: nos momentos de alegria e dor

Eu não temeria mal algum... Porque tu estás comigo:Isso é certeza que pode contar sempre com o bom pastor

A tua vara e o teu cajado me consolam: A correção também faz parte do pastoreio, mas correção com amor e sabedoria.

Unge a minha cabeça com óleo: Isso é consagração; o bom pastor nunca deixa de consagrar sua ovelha a Deus.

E o meu cálice transborda: Isto é abundância, quando o pastor ora por suas ovelhas, ela tornam-se abençoadas, e a abundância reina em sua vida.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida: O bom pastor ministra bênçãos na vida da ovelha, e as bênçãos as seguem.

E eu habitarei na casa do Senhor: Quando a ovelha é bem pastoreada, ela não quer sair da proteção do seu pastor, porque ela se sente protegida.

Por longos dias: A ovelha bem pastoreada, bem instruída jamais sairá dos caminhos do Senhor.





Como Pastorear?

Pastorear é algo muito mais além do que as quatro paredes da sua igreja...Pastorear é andar á frente do seu rebanho,e não atrás. É cuidar,orientar,apoiar,ouvir , relacionar-se com elas com interesse real.É encoraja-las seja através da palavra certa, de forma certa, no momento certo, seja pôr meio de atitudes que as façam valorizadas.É acompanha-las, de tal maneira, que as vejamos transformadas, mente e coração.

Porque "transformar" é mudança interior. É educar de modo a que a comunicação do conhecimento bíblico faça com que as verdades se tornem vivas para cada criança e as envolva com a Bíblia.



Quando pastorear as crianças?



É necessário e muito importante conhecer as características das crianças e entender as situações

que influenciam seu desenvolvimento integral.

Já desde a gestação, e nos primeiros anos da vida, a criança experimenta, associa a mãe , ao pai, às pessoas com as quais convive e ao ambiente , as mais variadas sensações

- proteção ou abandono

- bem querer ou mal querer

- ser mais uma ou ser única e esperada, faz o registro afetivo em si de todo o clima familiar.

O período de 0 a 6 anos é muito importante. Nesta a criança ainda não é capaz de alto-condução e então é o/a adulto/a que estabelece as normas de comportamento para elas.Sabemos que há uma relação do desenvolvimento humano com a fé. Esta relação começa nos

primeiros anos da vida, quando a criança interage com seus pais ou responsáveis. A fé se desenvolve como uma espiral, com forte resultados das situações vivenciadas pelas crianças nas relações com as pessoas e ambiente em que vivem.A integração no universo é um permanente processo evolutivo, uma constante auto-elaboração e necessidade que se renova a cada manhã e que se torna mais aguda em determinadas faixas de idade de nossa existência (criança, adolescente, idoso/a).

As crianças de 6 a 9 anos começam a responder por elas mesmas, têm a capacidade maravilharem-se, são afetiva e têm muita sensibilidade.

Dos 9 a 12 anos ocorrem muitas mudanças. Despertam para a criatividade, surge os "grupos".



Como pastorear o coração da criança:



A espera do nascimento:

A pastoral começa com o pai, a mãe e toda a igreja. Encontrar tempo para conversar sobre o nascimento da criança ela vai se localizar na

família - primogênita, caçula, seus irmãos, suas irmãs e avós...

Falar sobre batismo. A importância da nossa herança de fé.

O nascimento: Manifestar a alegria da chegada da criança - (um cartão, uma flor, um livro).

A visita pastoral é esperada pela família com grande espectativa.

O anúncio na igreja - bonito cartaz , painel - Acolhida e apresentação da criança no primeiro dia que ela for a igreja.



Apresentação da criança na igreja

É muito importante a presença e a oração da ministra de crianças durante a apresentação da criança na igreja, Depois de você ministrar junto á mãe durante toda gestação, chegou a hora de ajudá-la com a educação religiosa.E isso inclui com as boas vindas do bebê á classe do berçário da igreja.

Você pode confeccionar um certificado de apresentação, ou organizar um culto do bebê.

" O pastor/a precisa trabalhar o culto, tornando inclusivo às crianças."



O aniversário:

É o dia especial de cada uma criança. É importante ter a relação de todas as

crianças com a data de nascimento. Quando for telefonar, saiba quantos anos ela estão fazendo. Criança gosta que saibam sua idade certaÉ importante demonstrar interesse pastoral para as crianças com respeito a seus estudos . Orar com elas no início do ano letivo, conhecer suas dificuldades e descobrir como incentiva-las. Organizar encontros para conversar com as crianças sobre suas escolas. É possível entender muito mais as crianças a partir dessas experiências conjuntas. Outras atividades muito interessantes são com relação as ferias. Pode-se organizar encontros para ver filme, comer pipoca e criar atividades de jogos, teatro, música e tantas outras. Sem saudosismo mas ainda tem "sabor" organizar pick-nick..



A escola:

A educação cristã acontece em todos os espaços da igreja , tanto nos espaços físicos quanto nos "espaços" de convivência. A escola deve ser um lugar de muita experiênciaboa para as crianças de todas as idades.

As crianças pequenas até quatro anos aprenderão nossas atitudes e valores.

Os/as adultos/as que amam e cuidam da criança transmitem, por meio de seus atos que Deus é

amor e que ele ama e cuida de seus filhos e filhas. As várias atividades que visam o desenvolvimento total da criança ajudam a construir o alto conceito : "Sou amado/a. Tenho capacidade de crescer, amar, participar e contribuir para um mundo melhor". Os frutos do espirito - amor, alegria, paz, paciência, bondade, humildade, fidelidade, domínio próprio - são características que devem fazer parte de nossa vida se vamos compartilhar nossa fé com as crianças.

O pastor/a deve visitar as classes das crianças incentiva-las, elogia-las, contar histórias e outras

atitudes muito importantes.

Dar especial atenção as fazes da participação na escola dominical.

Estabelecer os ritos de passagem - do berçário para o jardim e assim por diante. Explicar para as crianças, conversar, deixar que elas falem de seus sentimentos. Oferecer um legado que marque este momento de passagem.



O culto:



Momento difícil na vida da criança:

Esses momentos incluem a morte de um parente, dificuldade na escola, problemas com relacionamento, etc. Este é o melhor momento para o pastor de crianças atuar, pois é neste momento que a criança está mais necessitada. Mais vale lembrar que se você só consegue se aproximar da criança nestes momentos quando você já obtém uma comunhão com a criança.



Porque pastorear?



Assim como nós, as crianças acarretam necessidades na vida dela, e você como um pastor deve conhecer muito sem essas necessidades. Você precisa saber lidar com os problemas de cada criança. Não pense que ela não tem problemas, cada um tem o problema de acordo com seu mundo,para a criança o fato de não poder comprar um brinquedo caro que elas não podem ter mas que muitos amiguinhos tem já é um problemão.



Problemas existentes na vida da criança:



1. Um novo irmão

2. Morte de alguém especial

3. Mudança de casa ou escola

4. Separação dos pais

5 .Oração não respondida

6. Inferioridade e agressividade

7.Medo

8.Influência da mídia

9. Violência sexual

10. Abandono,adoção





Qualidades de um Bom Pastor



ü Preocupa-se com suas ovelhas

ü Mostra interesse de um modo geral com a vida da criança,

ü Procura saber da família,endereço,e etc a fim de fazer visitas

ü Ora por suas ovelhas

ü Vê o pastoreio como ministério,e não como “cargo”

ü Preocupa-se com as feridas espirituais da ovelha

ü Vive segundo o coração de Deus

ü Dá bons conselhos sob direção de Deus e ser exemplo

ü Recebe as ovelhas com amor

ü Conhece bem as ovelhas ,e as ovelhas conhecem sua voz.

ü Ama o ministério,ama as ovelhas e nunca procura status.

ü Esta presente nos momentos importantes de sua vida;

ü Compartilhar e orientar a família;

ü Faz da criança discípulo de Jesus;

ü Ora diariamente pelos alunos e o departamento;

ü Ter tempo para aconselhamento aos alunos que estão precisando;

ü Mostrar interesse telefonando e visitando os ausentes;

ü Cuidar da criança nas áreas física, mental, social e espiritual;

ü Ser o bom exemplo que as crianças imaginam que você seja;

ü Mantem uma boa comunicação sempre;

ü Estimular bons relacionamentos



Qualidades de um Pastor Infiel



ü Não se preocupa com suas ovelhas

ü Nunca percebe aquela que está faltando

ü Nunca visita as ovelhas,ao menos aquelas que “lhe convém”

ü Acha que é ’o líder “, ou seja ,não precisa nunca servir”.

ü Deixa suas ovelhas com feridas espirituais

ü Nunca sabe o nome da ovelha, nem conhece a família.

ü Difama e calunia as ovelhas que lhe oferecem ajuda.

ü Tem vontade própria, não busca o querer de Deus.

ü Anda atrás do rebanho a fim de não se machucar,ou seja,pensa em si próprio.

ü Procura sempre se aparecer,e se auto-promover



Quais as necessidades da Criança?



Para se fazer um Bom Pastoreio, deve-se saber quais as necessidades dela:



1. Um Sentido de significado

2.Sentir segura

3.Ser aceita

4.Amar e ser amada

5.Receber elogios

6.Ser disciplinada

7.Conhecer,receber e andar com Deus (Ser Pastoreada)

O Papel do Pastor no Ministério Infantil






Qual o Problema central a se abordar num tema como esse?




Certamente o problema não está no PAPEL. Acredito que o problema a ser abordado aqui é bem mais abrangente.



Muitas vezes em se tratando de ministério infantil, o problema está no pastor e nele também podem estar as soluções para os desafios deste ministério.



Vale dizer logo de início que ministério Infantil é coisa Séria.



E para falar de um ministério sério como esse nada melhor do que falar de alguém que levou as crianças a sério: JESUS.



É neste texto de

Marcos 10 de 13 a 16 que vamos tirar importantes lições sobre como Jesus nos mostra a seriedade no trato com as crianças.



William Barclay diz que só compreenderemos a beleza desta passagem quando observamos quando esse fato aconteceu.



Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada dramática, dolorosa, que ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu coração para acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las.



A primeira lição deixada por Jesus aqui é que devemos DEDICAR UM TEMPO PRECIOSO DO NOSSO MINISTÉRIO PARA AS CRIANÇAS.



Em muitas igrejas e ministérios as crianças são deixadas em segundo plano. A igreja investe em missionários, seminaristas, músicos, mas não em líderes e professores para o ministério infantil e também não há critério algum para escolha daquelas pessoas que estarão pastoreando o coração de nossas crianças.



Como primeira direção para esta reflexão entendemos que o pastor e ou líder do ministério infantil precisa ser como Jesus foi:



1. UM INCENTIVADOR DOS QUE TRAZEM AS CRIANÇAS A JESUS – (10.13)



As crianças não vieram; elas foram trazidas. Algumas delas eram crianças de colo, outras vieram andando, mas todas foram trazidas. Devemos ser facilitadores e não obstáculo para as crianças virem a Cristo.



Os pais ou mesmo parentes reconheceram a necessidade de trazer as crianças a Cristo. Eles não as consideram insignificantes nem acharam que elas pudessem ficar longe de Cristo. Esses pais olharam para seus filhos como bênção e não como fardo, como herança de Deus e não como um problema (Sl 127.3). Aqueles que trazem as crianças a Cristo reconhecem que elas precisam de Jesus. Era costume naquela época, os pais trazerem seus filhos aos rabis para que eles orassem por eles. A palavra grega paidia referia-se a fase da primeira infância até ao período da pré-adolescência. Lucas usa brephos (Lc 18.15), que a princípio significa bebê, depois também criança pequena, mas nos versos 16 e 17 também tem duas vezes paidion.



As crianças podem e devem ser trazidas a Cristo. Na cultura grega e judaica as crianças não recebiam o valor devido, mas no Reino de Deus elas não apenas são acolhidas, mas também são tratadas como modelo para os demais que querem entrar.



Adolf Pohl corretamente interpreta o ensino de Jesus, quando afirma:

Não deixe as crianças esperar; não hesite em trazê-las para as mãos de Jesus, não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando você for maior, quando entender mais a Bíblia, quando for batizado, etc. As crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus. O reinado de Deus rompe a barreira da idade assim como a barreira sexual (o evangelho para mulheres), da profissão (para cobradores de impostos), do corpo (para doentes), da vontade pessoal (para endemoninhado) e da nacionalidade (para gentios). Portanto, também as crianças podem ser trazidas dos seus cantos para que Jesus as abençoe. (Evangelho de Marcos. 1998: p. 297.)

O pastor e ou líder do ministério infantil precisa ser como Jesus foi:



2. UM REMOVEDOR DE OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM AS CRIANÇAS DE VIREM A CRISTO – (10.13)



Alguém perguntou a Gandi, o líder espiritual da Índia: “Qual é o maior impedimento para o Cristianismo na Índia?” Ele respondeu: “Os cristãos”.



Os discípulos de Cristo mais uma vez demonstram dureza de coração e falta de visão. Em vez de serem facilitadores, tornaram-se obstáculos para as crianças virem a Cristo. Eles não achavam que as crianças fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso (Marcos 9.36,37).



Os discípulos não compreenderam a missão de Jesus, a missão deles e nem a natureza do Reino de Deus.



Os discípulos repreendiam aqueles que traziam as crianças por acharem que Jesus não devia ser incomodado por questões irrelevantes. O verbo grego usado pelos discípulos indica que eles continuaram repreendendo enquanto as pessoas traziam seus filhos.



Eles agiam com preconceito. Podemos impedir as pessoas de trazerem as crianças a Cristo por comodismo, por negligência, ou por alguma falsa compreensão espiritual, vejamos:



a) Achar que as crianças não são importantes;

b) Pensar que elas não precisam da Salvação;

c) Achar que pessoas “importantes”, tem coisa mais importante do que as crianças para considerar.



Isso é uma falsa compreensão do papel e da importância do Ministério infantil.



Para desenvolver um bom ministério infantil é preciso dedicar tempo às crianças. Lembre-se: Ministério Infantil é coisa Séria. E digo mais, Ministério infantil não é circo.



Por fim, qual seria o real papel do pastor no ministério infantil?



3. O PAPEL PRINCIPAL DE UM PASTOR É ABENÇOAR AS CRIANÇAS – (10.16)



Ninguém mais do que Jesus abençoou as crianças. Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e agora, às crianças.



O “porquê” desse modo de agir de Jesus? Certamente ele conhecia a fundo as necessidades das crianças. Jesus sabia que...



Uma criança precisa de amor.

Uma criança precisa se sentir segura.

Uma criança precisa se sentir aceita.

Uma criança precisa de disciplina.

Uma criança precisa do reconhecimento do seu valor.



Jesus procurou atender essas necessidades básicas da criança.



Este exemplo deixado por Jesus no serve de encorajamento. O encorajamento era para os pais das crianças e para as próprias crianças, embora a palavra tenha sido dirigida aos discípulos: “Deixar vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (10.14). Jesus manda abrir o caminho de acesso a ele para que as crianças possam vir. Encontramos uma grande verdade enfatizada aqui: A afeição de Jesus às crianças – (10.14)



Não é a primeira vez que Jesus demonstra amor às crianças. Ele diz que quem recebe uma criança em seu nome é o mesmo que receber a ele próprio (Mc. 9.36,37).

Jesus afirma, por outro lado, que fazer uma criança tropeçar é uma atitude gravíssima (Mc. 9.42).

Agora, Jesus acolhe as crianças, toma-as em seus braços, ora por elas, impõe as mãos sobre elas e as abençoa (10.16).



Podemos ver neste episódio claramente a indignação de Jesus – (10.14).



Jesus se indignou quando viu que os discípulos afastaram as pessoas em vez de introduzi-las a ele. A palavra grega AGANAKTEO sugere uma forte emoção. Este é o único lugar nos evangelhos onde Jesus dirige sua indignação aos discípulos, exatamente quando eles demonstram preconceito com as crianças.



Jesus já ficara indignado com seus inimigos, mas agora fica indignado com os discípulos. É a única vez que o desgosto de Jesus se direciona aos próprios discípulos, quando se tornam estorvo em vez de bênção, quando eles levantam muros em vez de construir pontes.



A indignação de Jesus aconteceu concomitantemente com o seu amor. A razão pela qual ele se indignou com os seus discípulos foi o seu amor profundo e compassivo para com os pequeninos, e todos os que os trouxeram.



Falamos para as crianças comportarem-se como os adultos, mas Jesus ensinou que os adultos devem imitar as crianças.



Jesus é enfático, quando afirma: “... porque dos tais é o reino de Deus” (10.14). Isso tem a ver com a natureza do reino de Deus.



Como abençoar as crianças????



Jesus não apenas acolhe as crianças e repreende os discípulos, mas faz outras coisas importantes:



Ele toma as crianças em seus braços. Com isso Jesus revela seu carinho, aceitação, valorização, proteção e cuidado com as crianças.



Ele impõe as mãos sobre as crianças. Os pais trouxeram as crianças para que Jesus as tocasse (Lc 18.15) e orasse por elas (Mt 19.13). Jesus em vez de concordar com os discípulos, mandando-as embora, chamou-as para junto de si (Lc 18.16) e impôs sobre elas as mãos. Jesus invocou as bênçãos espirituais sobre aquelas crianças. Jesus toma a primeira criança em seus braços e coloca a sua mão na cabeça do infante. Então, com ternura ele a abençoa por meio de uma oração valiosa ao Pai, para que seu favor seja derramado sobre ela. Ao terminar sua oração, ele devolve a criança para a pessoa que a havia trazido, pega a criança seguinte, e assim sucessivamente, até ter abençoado todas elas.



Para concluir, vale lembrar que receber o reino de Deus como uma pequena criança significa aceitá-lo com simplicidade e confiança genuína, bem como humildade despretensiosa. O reino de Deus é o domínio de Deus no coração e na vida do ser humano juntamente com todas as bênçãos que resultam desse domínio. Entrar no reino é ser salvo, é ter a vida eterna.



Nós estamos ajudando ou atrapalhando as crianças de virem a Cristo? Estamos recebendo o reino de Deus com a confiança sincera de uma criança?



Jesus, em vários momentos da Bíblia, valorizou e deu grande importância às crianças (Mt 18.1-5; Mc 10.14). Ele disse também (João 21.15) para Simão Pedro apascentar, instruir, doutrinar os seus cordeiros, ou seja, as crianças, já que cordeiro é o filho ainda novo da ovelha. Antes porém Jesus lhe perguntou: “Pedro você me ama?”.



Se você ama a Jesus e ama as crianças, certamente você amará o que você faz e o resultado do seu trabalho será o fruto do seu amor a Jesus.



Uma enfermeira fazia curativos em muitas feridas de um paciente. Alguém, impressionado, disse-lhe: "Nem por um milhão eu faria um trabalho desses". Ela após ter ouvido o que ele disse respondeu-lhe: "Eu também não, mas faço tudo por amor a Jesus, como se estivesse cuidando dele. Ele me amou, cuidou da minha dor, das minhas feridas. Estou retribuindo esse amor"

FREQUENTAR A IGREJA

Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima. Heb. 10:25.

Michael Faraday, grande cientista britânico que fez várias descobertas importantes no campo do magnetismo, era um cristão sincero que achava mais importante assistir aos cultos de sua igreja do que assistir a qualquer outra reunião. Em uma dessas "outras" reuniões, ele manteve o auditório boquiaberto com a demonstração das propriedades do ímã. Encerrou sua palestra com uma experiência tão inédita, fascinante e impressionante, que por algum tempo o salão reverberou com entusiásticos aplausos.



Quando as palmas diminuíram, o Príncipe de Gales se pôs em pé e propôs um brinde a Faraday, mas o grande homem não estava mais ali para recebê-lo. Finalmente, um dos assistentes de Faraday levantou-se e explicou que o físico havia saído para um culto de oração numa pequena igreja (uma congregação que não contava com mais de 20 membros), onde Faraday era ancião.



Que exemplo de assiduidade às reuniões de oração! Que testemunho em favor de Cristo!



Tem-se declarado que a saúde espiritual de uma igreja pode ser acuradamente avaliada com base na freqüência aos cultos de oração. Se isso é verdade, igrejas com pouca assistência estão às portas da morte espiritual, e outras que já desistiram completamente dessas reuniões podem ter morrido.



Que pode você fazer, que posso eu fazer para despertar os cristãos dessa letargia mortal? Que podemos nós fazer para consolidar "o resto que estava para morrer"? Apoc. 3:2.



Nosso verso para meditação sugere que o maior motivo para a fiel assistência aos cultos da igreja é o fato de que "o dia" da volta de Cristo "está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite e vem chegando o dia". Rom. 13:11 e 12. Os sinais dos tempos nos confirmam isso!



Em vista da proximidade da volta de Cristo e da admoestação para que sejamos fiéis na freqüência à igreja, quão incoerente seria de nossa parte professar a crença no segundo advento enquanto nos descuidamos da assistência aos cultos!