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sábado, 3 de setembro de 2011
“Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz;” (Efésios 6:15)
• Nossos pés e nossos calçados são representantes do nosso caminhar e das nossas obras – Êx.30:19-21; 40:31);
• Vestes de honra incluíam sandálias de couro, possivelmente de animais marinhos (Ez.16:10; Ct.7:1; Lc.15:22);
• Descalçar alguém era símbolo de humilhação e vergonha (Dt.25:9,10; Is.20:2) – por isso em lugar santo devia-se tirar os calçados (Êx.3:5; Js.5:15; At.7:33);
• O ato de tirar voluntariamente as sandálias e dar a outro também validava a transferência de uma propriedade, era assim que se oficializava os negócios em Israel (Rt.4:7,8);
• De forma semelhante se exigia justiça - deitando-se aos pés do responsável (Rt.3:7-14);
• Tirar as sandálias também podia significar luto (Ez.24:17,23);
• Sandálias nos pés significavam prontidão, vigilância (Êx.12:11; Is.5:27). O soldado não desamarra sua sandália em tempo de guerra (Is.5:27) e não tira a farda nem para dormir, i.e., devemos estar sempre prontos a lutar, e com alvos e objetivos claros (cf. Lc.14:26-35);
• Calçados velhos podiam representar falta de cuidado, de fidelidade, de perseverança ou de transparência (Js.9:5,13);
1 – ESTABILIDADE : O calçado de guerra Romano possuía uma proteção de metal em forma de cravos localizados sob a sola, para que o guerreiro não escorregasse em combate. Os calçados eram ofensivos e defensivos e faziam parte dos despojos de guerra (2 Cr.28:15).
Assim como o calçado Romano de guerra o Evangelio pode ser usado ofensivamente ou defensivamente no mundo espiritual para realizarmos a vontade de Deus e assim como os cravos da sandália mantinham a estabilidade do soldado o Evangelio nos mantém firmes em nossa vida.
2 – CONHECIMENTO : No velho testamento Abraão não aceitou nem sequer a correia de uma sandália do rei de Sodoma, a fim de não haver legalidade entre eles - porque em tempos de guerra não podemos aceitar presentes do inimigo (Gn.14:23; 2 Rs.5:15-27; 6:8).
Precisamos conhecer a Palavra em sua totalidade de modo a não sermos enganados pelo inimigo que pode usar o conhecimento da Palavra para nos enganar e assim nos derrotar, lembrem que Jesus foi tentado por Satanás através da Palavra e usou a Palavra para se defender.
Deus disse que “sobre Edom atirará sua sandália” (Sl.60:8; 108:9), em sinal de o subjugar. Daí vem a imagem de que devemos colocar os nossos inimigo sob os nossos pés (Js.10:22-26; 2 Sm.22:39; 1 Rs.5:3; Sl.8:6; 47:3; 110:1; Zc.10:5; Mt.22:44; Mc.12:36; Lc.20:43; At.2:35; Rm.16:20; 1 Co.15:25-27 );
3 – MILAGRES : Outra circunstância similar é que, ao pousar os pés sobre as águas do Jordão, os sacerdotes que carregavam a arca da aliança teriam a corrente contida até que todo o povo atravessasse a seco por seu leito (Js.3:13; 4:18). Ao estarmos calçados no Evangelio da Paz Deus nos abre os caminhos, removendo os obstáculos de nossa vida e assim continuarmos a caminhada dentro de Sua vontade.
4 – DIREÇÃO : Paulo lembrou aos cristãos de Roma que não é o ‘Senhor das Hostes’ nem o ‘Senhor dos Exércitos’ que esmaga o inimigo, e sim o ‘Deus da paz’ (cf. Rm.16:20). É importante termos o cuidado de não permitirmos que nada roube a nossa paz, para que não sejamos roubados de tão grande proteção.
Os pés, no nível natural, estão ligados ao ato de caminhar, à direção, à orientação dada ao corpo (Sl.119:101), ao ato de estarmos prontos, vestidos, disponíveis. Isso tem a ver com a nossa intenção.
Portanto é o nosso calçado ( O Evangelio da Paz ) que deve nos dar a direção correta ( Vontade de Deus ) para que possamos direcionar a Armadura de Deus para o propósito correto, caso não estejamos adequadamente calçados corremos o risco de direcionar nossas armas espirituais para propósitos fora da vontade perfeita e agradável do Senhor. Lembro que nos quarenta anos de peregrinação no deserto, as sandálias dos israelitas não se gastaram (Dt.29:5; Ne.9:21).
5 - PROPÓSITO : Calçar tem a ver com unir, ajustar, atar, amarrar, assegurar. Como isso tem acontecido em nossos relacionamentos? Temos agido de forma a promover a paz, unir, atar, ou mais no sentido de separar, classificar, rotular, elitizar?
Assim é que podemos estar totalmente paramentados, mas marcharmos na direção errada, marcharmos por conta própria. Ou nem marcharmos. Desviar-nos dos verdadeiros propósitos do General.
Pés também falam do nosso caminho com o Senhor. Por isso para podermos ter paz, mesmo em meio à guerra o nosso testemunho - o que falamos, pensamos, agimos - deve demonstra a paz que temos em Deus.
O nosso caminhar deve ser baseado na palavra da reconciliação, que temos em Jesus (2 Co.5:19).
é necessário vigiarmos o tempo todo, enfrentarmos o inimigo com estabilidade, agilidade e a prontidão produzidas pelas boas novas.
Satanás tentará nos trazer à complacência, ao contentamento com a situação e ao amor ao conforto. Ezequiel 16 fala dos pecados de Sodoma, que refletem o amor à vida fácil (Ez.16:49). Com os pés calçados na preparação do Evangelho da paz não seremos enlaçado pelos pecados de Sodoma.
Isso é assim quando irmãos que diferem quanto a questões importantes estão em paz um com o outro, então são capazes de crescer juntos na compreensão da verdade. Além disso, nos é possível ter paz com todos os homens, pois somos ministros da reconciliação ao anunciarmos as boas novas (2 Co.5:18).
6 – REALIDADE : Muitos de nós gostamos de ostentar que propagamos o Evangelho e levamos a paz de Deus às pessoas mundo afora, porém esquecemos de observar e expôr a falsa “paz” que alimentamos dentro de nossas próprias casas.
Como somos dentro de nossas casas, com aqueles que convivem diariamente conosco? Se o Evangelho da paz não nos trouxe paz, porque queremos levá-lo aos outros lá fora? Falamos de paz, mas dentro de nossas casas não há paz. Quem você é dentro de casa? Não podemos calçar os calçados da paz fora e tamancos de ataque dentro de nossos lares.
Dentro de casa precisamos viver o Evangelho que pregamos. A paz é a nossa liberdade. Somos livres de contendas, temos paz interior apesar da presença constante do inimigo à nossa volta.
A prontidão para com o Evangelho da paz é o calçado da armadura de Deus (Ef.6:15 refere-se à condição de uma pessoa ou coisa de estar pronta ou preparada, prontidão, disposição; Êx.12:11; Is.5:27) e tem que ser a diretriz do nosso caminhar cristão, inclusive durante a guerra.
É o que faz os nossos pés “como os da corça”, capaz de andarmos por lugares altos (Hc.3:19). É um alerta para que não entremos em luta orientados por causas erradas.
Por isso é importante sabermos quando não lutar. A guerra só é ganha quando é autorizada e estamos submetidos ao Senhor. Qualquer outra batalha que Deus não nos ordenou lutar é morte certa. Seria um risco demasiadamente grande, pois, afinal, o nosso objetivo, como soldados de Cristo, é “satisfazer àquele que nos arregimentou”(2 Tm.2:4).
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